A Importância da Procura de Apoio Psicológico
- Sónia Oliveira

- 19 de nov.
- 3 min de leitura
Começo este artigo com uma reflexão simples: o que pensas de imediato quando te dói um dente? Acredito que, para além da toma de medicação que possa aliviar essa sintomatologia e desconforto, o passo seguinte seja agendar uma consulta com um profissional especializado, neste caso, um médico dentista. Acertei?
E se a dor for na mente ou no coração?
E se um(a) familiar teu(tua) partilhar contigo que se se enjoado(a), com fortes dores de cabeça, febre e cansaço físico, o que aconselhas? Suponho que uma das primeiras opções possa ser agendar uma consulta médica com a máxima urgência. Agora, e se em vez de uma dor física, o que te dói for a mente ou o coração? Quando sentes (por exemplo) cansaço emocional constante, dificuldade em dormir, falta de energia, preocupações incessantes ou tristeza persistente, qual costuma ser o passo seguinte? Muitas vezes, nessas situações, tendemos a minimizar o sofrimento emocional. Dizemos a nós próprios “vai passar” ou “não é nada de mais”, adiando o pedido de ajuda. Ou, então, “são só coisas da tua cabeça”, “tem calma”, “vai passar”, quando se trata de um(a) familiar. No entanto, a Saúde Mental merece o mesmo cuidado e atenção que a saúde física. Neste sentido, tal como procuramos um médico quando sentimos dores ou sintomas físicos, procurar um(a) psicólogo(a) quando existe sofrimento psicológico não é sinal de fraqueza, mas um ato de responsabilidade e autocuidado, por oposição ao estigma que ainda é real na nossa sociedade. Falar sobre as nossas dificuldades não nos diminui: pelo contrário, humaniza-nos. É através da partilha, da escuta e da reflexão que conseguimos compreender o que sentimos e encontrar novas formas de lidar com os desafios da vida. Trata-se apenas de reconhecer que algo, em ti, precisa de ser olhado com atenção, cuidado e respeito.

Homens e Saúde Mental: Quebrar o Estigma no Dia Internacional do Homem
Perante a comemoração do “Dia Internacional do Homem”, na data de hoje (19 de novembro), no qual um dos objetivos é promover a saúde masculina, revela-se igualmente pertinente refletir sobre a procura de apoio psicológico por parte do género masculino. Durante muito tempo, a cultura associou a masculinidade à ideia de força, resistência e autocontrolo. O próprio ditado popular, “o homem não chora”, ouvido durante gerações, induz a ideia de que “sentir” remete para algo pejorativo. Esta crença, passada de forma quase automática entre famílias e contextos sociais, contribuiu para que muitos homens aprendessem a calar a dor e, por consequência, a acreditar que demonstrar fragilidade ou pedir ajuda se revela num sinal de fraqueza. Mas chorar é um ato de coragem: permitir-se sentir, expressar emoções e pedir ajuda é um ato profundamente humano, independentemente da questão de género.

Apoio psicológico não é só para “quando dói”
Mas também é importante ressalvar que a Psicologia não serve apenas para “quando algo dói”. O acompanhamento psicológico também é um espaço de autoconhecimento, crescimento e prevenção. Muitas pessoas procuram a terapia, não por estarem em sofrimento, mas porque desejam conhecer-se melhor, melhorar as suas relações, desenvolver competências emocionais ou, simplesmente, investir em si mesmas. Ir ao Psicólogo é, acima de tudo, um ato de cuidado e curiosidade sobre quem somos e quem queremos ser.
Agenda a Tua Consulta – Autocuidado é Prioridade
Por isso, não te esqueças: cuidar de ti, enquanto pessoa, deve ser uma prioridade. Procurar apoio psicológico é sem dúvida uma forma de autocuidado e um ato de amor próprio. Tu mereces fazê-lo por ti! Agenda a tua Consulta: temos uma Equipa pronta para te acolher, num espaço seguro, confidencial e sem julgamento.
Com carinho, Sónia Oliveira





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